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AS ASAS DA AMIZADE

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Era uma vez um pequeno menino que vivia em um orfanato.
O pequeno menino desejava poder voar como um pássaro.
Era muito difícil para ele entender porque não podia voar.
Havia pássaros que eram menores que ele, e eles podiam voar...
- "Por que não posso voar?" ele pensava.
"Tem alguma coisa errada comigo?".

Um dia, o pequeno menino fugiu do orfanato.
Correu, correu e correu muito
até que descobriu um parque onde crianças corriam e brincavam.
Ele viu um outro pequeno menino
que não podia correr e brincar com as outras crianças.
Era aleijado...
O órfão se aproximou do menino e perguntou:
- "Alguma vez você já quis voar como um pássaro?".
 - "Não" respondeu o menino que não podia caminhar ou correr.
"Mas eu gostaria de caminhar e correr como os outros meninos e meninas".
- "Isso é muito triste". Falou o menino que queria voar.
"Nós podemos ser amigos?"
 - " É claro que podemos!", respondeu o outro.
Os dois pequenos meninos brincaram por horas.
Fizeram castelos de areia...
Emitiram sons engraçados com as bocas...
sons que os fizeram rir bastante.
Então o pai do pequeno menino veio com uma cadeira de rodas
para apanhar seu filho...
O pequeno menino que queria voar
se aproximou do pai de seu novo amigo
e sussurrou algo em seu ouvido.
- "Isso seria ótimo" disse o homem.
O pequeno menino, que sempre desejou voar como um pássaro,
correu até o novo amigo e disse:
- "Você é meu único amigo
e eu gostaria que houvesse algo que eu pudesse fazer
para você caminhar e correr como os outros meninos e meninas.
Mas eu não posso.
Porém, tem algo que eu posso fazer por você".
O pequeno menino órfão virou-se
e pediu ao amigo que subisse em suas costas.
Depois ele começou a correr pela grama.
Mais rápido e mais rápido ele correu,
enquanto levava o pequeno menino aleijado às costas.
Cada vez mais rápido ele corria pelo parque.
O vento assobiava em suas faces.
O pai do pequeno menino começou a chorar,
vendo seu pequeno filho aleijado
agitando os braços para cima e para baixo,
soltos ao vento, enquanto gritava bem alto:
- "EU ESTOU VOANDO, PAPAI... EU ESTOU VOANDO"!
E realmente "voava", feliz...
com as ASAS DA AMIZADE.


Roger Decano Kiser

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